Bayer apoia retomada do cultivo de algodão no norte de MG

Com doação de sementes e drone, companhia fortalece a agricultura familiar e amplia o à tecnologia em Catuti

29.05.2025 | 14:48 (UTC -3)
Roberta Soares de Menezes, edição Revista Cultivar

Pequenos agricultores têm um papel fundamental na produção de alimentos e fibras, mas enfrentam desafios como o limitado à inovação, insumos de qualidade e assistência técnica. Para apoiar esse público, a Bayer intensificou sua atuação em Catuti, no norte de Minas Gerais, região historicamente produtora de algodão, mas que sofreu forte impacto com pragas como o bicudo-do-algodoeiro (Anthonomus grandis).

A ação integra a meta global da companhia de beneficiar 100 milhões de pequenos produtores em países emergentes até 2030. Em parceria com a Cooperativa dos Produtores Rurais de Catuti (Coopercat), a Bayer promoveu a transferência de tecnologia e expertise técnica a 76 agricultores familiares, garantindo o a sementes certificadas, ferramentas digitais e práticas agrícolas modernas.

Fernando Prudente (na foto), diretor-executivo de algodão da divisão agrícola da companhia no Brasil, afirma que a companhia está continuamente expandindo suas iniciativas para atingir suas metas de sustentabilidade e atender as necessidades de pequenos agricultores. “Ao investir nos produtores familiares, impulsionamos o desenvolvimento sustentável no campo e fortalecemos a agricultura familiar, essencial para a resiliência dos sistemas agrícolas”, ressalta.

A empresa já atua há cerca de 20 anos na região, com ações voltadas ao uso seguro de defensivos, treinamentos sobre biotecnologia, doação de sementes e mais recentemente, com a entrega de um drone agrícola para aplicações de precisão. Na safra atual, 150 sacos de sementes Deltapine com a biotecnologia Bollgard 3 RRFlex foram doados a 40 produtores, cobrindo uma área de 250 hectares. Na safra anterior, outras 100 sacas beneficiaram 36 agricultores.

Transferência de tecnologia e expertise 

As variedades doadas, adaptadas ao clima semiárido da Caatinga, apresentam ciclo médio-precoce, resistência a lagartas e doenças, e tolerância ao glifosato. Segundo o técnico agropecuário da Coopercat, José Tibúrcio de Carvalho Filho, agricultores que testaram a tecnologia na safra 2023/24 colheram até 400 arrobas por hectare, frente a uma média regional de 250 arrobas.

A tecnologia do drone possibilitou uma redução de 96% na calda de pulverização, mantendo a eficácia no controle do bicudo e diminuindo os riscos de contaminação. A iniciativa também capacitou os agricultores no uso da ferramenta, permitindo práticas mais sustentáveis e produtivas.

A Coopercat reúne 972 produtores associados, com atividades voltadas à pecuária leiteira e de corte, além do cultivo de sorgo e algodão. O algodão produzido tem aproveitamento dentro e fora da porteira: o caroço é usado na alimentação animal e a fibra abastece a indústria têxtil e farmacêutica em municípios mineiros como Pirapora, Curvelo e Guaranésia.

Com apoio da Bayer, Amipa, Universidade Federal de Lavras, Prefeitura de Catuti e outras instituições, o projeto visa ampliar a área cultivada, melhorar o maquinário e consolidar o norte mineiro no cenário da cotonicultura nacional. Em 2024, o Brasil se tornou o maior exportador mundial de algodão em pluma, e Minas Gerais ocupa a terceira posição no ranking nacional, com 76,8 mil toneladas estimadas para a safra 2024/25.

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