Fertilizantes sobem e pressionam margens do produtor

Alta nos preços ocorre sem recuperação nas cotações das commodities agrícolas, aponta análise do Itaú BBA

26.05.2025 | 14:20 (UTC -3)
Revista Cultivar

Os preços dos fertilizantes seguem em trajetória de alta. O cloreto de potássio (KCl) acumulou valorização de 24% desde o início de 2025. Subiu 5,2% em abril e mais 2,8% na primeira quinzena de maio, alcançando US$ 365 por tonelada. O MAP, fertilizante fosfatado, também encareceu. Avançou 6,9% em abril e 2,5% nos primeiros dias de maio. No porto, a tonelada atingiu US$ 717,50. Os dados constam em análise do Itaú BBA.

Preços de fertilizantes no porto
Preços de fertilizantes no porto

A ureia, nitrogenado mais utilizado, subiu 9% em abril. Devolveu parte da alta na metade de maio, com recuo de 1,9%. Ainda assim, os preços permanecem elevados. Segundo análise do Itaú BBA, a demanda segue firme e a oferta controlada. Esse desequilíbrio impulsiona os valores no mercado internacional.

Apesar da alta dos fertilizantes, os preços das principais commodities agrícolas continuam estáveis ou até inferiores aos do início de 2025. Essa divergência deteriora a relação de troca. Em muitos casos, os índices atuais se aproximam dos piores níveis registrados durante a crise da invasão russa à Ucrânia, em 2022.

Mesmo nos macronutrientes com preços menos pressionados, a relação de troca supera a média histórica. O custo dos insumos encurta as margens do produtor rural. O cenário pode mudar com a possível retomada das exportações chinesas de nitrogenados e fosfatados. O país priorizou o abastecimento interno, mas deve liberar excedentes para o mercado global.

Essa movimentação, no entanto, não deve provocar queda significativa nos preços internacionais.

Relação de troca entre soja e MAP
Relação de troca entre soja e MAP

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