Relatório do IPCC reacende importância sobre uso de sementes geneticamente modificadas na agricultura
Um ano depois de estrear no Fórum Econômico Mundial, em Lima (Peru), a presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, participou, mais uma vez, do seleto grupo de economistas, autoridades, empresários e formadores de opinião, convidados a debater as questões mais relevantes da economia latino-americana neste evento. A nova edição do Fórum ocorreu esta semana, na cidade do Panamá, local simbólico para sediar as discussões em torno da integração da América Latina com o resto do mundo, sobretudo pela importância global do Canal do Panamá, rota mais curta para transportar mercadorias entre o Atlântico e o Pacífico.
No ano ado, a senadora Kátia Abreu discursou sobre os motores de crescimento da economia latino-americana, com ênfase para o grande potencial da agropecuária brasileira, que impulsiona o desenvolvimento econômico do país. Agora, sua participação foi ampliada para três painéis em que ocorreram os principais debates do Fórum Econômico Mundial nesta quarta-feira (02/04). Ela liderou as discussões sobre o aproveitamento dos recursos naturais, sobre a capacidade do continente de se recuperar rapidamente das crises econômicas e sobre a integração da América Latina no comércio global.
No debate intitulado “Riqueza de Recursos: Benção ou Maldição”, Kátia Abreu lembrou que, a despeito da abundância de terras e recursos hídricos no Brasil, a agropecuária vem crescendo com base na inovação e no crescimento da produtividade, sem aumentar a área plantada. Ao destacar que o Brasil ainda tem muito a fazer em infraestrutura e logística, ela lembrou que o Brasil possui três grandes “Mississippis” para levar suas riquezas até os portos – a começar do Rio Tocantins – e está investindo em um sistema integrado de transporte que inclui mais três grandes ferrovias e outras três grandes rodovias no chamado Arco Norte do país.
“Toda esta infraestrutura será utilizada para corrigir a rota do agro, que hoje está de cabeça para baixo”, disse a senadora, ao relatar que 56% da produção brasileira de grãos localizam-se acima do paralelo 16, que atravessa a região central do Brasil. Apesar disso, só 14% desta produção são escoados pelos portos do Norte. Os 86% restantes atravessam o país por rodovias e congestionam os portos do Sul e Sudeste para ar os mercados internacionais. Daí a importância de se desenvolver a infraestrutura do Arco Norte, facilitando o escoamento das riquezas produzidas na região.
Toda esta revolução logística, que já está em curso, visa a aproveitar melhor o Canal do Panamá, que encurta em quatro dias o o das exportações brasileiras aos portos da Ásia, entre os quais os da China, principal destino das vendas externas do Brasil. Diante disso, as autoridades panamenhas atenderam ao pedido da senadora e a convidaram – ao lado do ministro dos Portos, Antônio Henrique Silveira, e do presidente da Empresa Brasileira de Logística, Paulo os, – para uma visita técnica ao Canal do Panamá. O grupo também visitou o porto de Balboa, totalmente operado pela iniciativa privada, que é responsável por 30% das cargas que am pelo canal e, portanto, maior do que nosso maior porto: o de Santos, em São Paulo.
O Canal – uma fantástica obra de engenharia construída ainda em 1914 – tem aproximadamente 80 quilômetros de extensão. Não por acaso, o maior usuário desta obra são os Estados Unidos, responsáveis por 65% de toda a carga transitada por ali. O canal é a principal ligação marítima da costa Leste norte-americana com a Ásia e com a costa Oeste da América do Sul. Além disso, também faz a conexão entre a Europa, o Canadá e a América do Sul, e ainda liga as costas sul-americanas do Atlântico e do Pacífico.
Só em 2013, aram pelo Canal do Panamá quase 33 milhões de toneladas de grãos. Com a nova logística do Arco Norte brasileiro e com a ampliação do Canal, que deve estar concluída até dezembro de 2015, estima-se que mais 20 milhões de toneladas de grãos provenientes do Brasil deverão ar por lá. “Que nos aguardem”, encerrou a senadora.
Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura