New Holland Agriculture assume liderança no mercado de colheitadeiras no Paraguai
O Paraguai foi a economia que mais cresceu na América do Sul na última década
Para o pesquisador científico Hamilton Ramos, coordenador da Unidade de Referência em Tecnologia e Segurança na Aplicação de Agroquímicos (UR), por mais polêmica que haja em torno do uso de defensivos agrícolas, tais produtos são indispensáveis ao agronegócio. Segundo o cientista, num país de grandes dimensões e clima tropical, como o Brasil, ainda não se obtém produtividade em grandes áreas cultivadas sem manejo químico de plantas daninhas, pragas e doenças que concorrem com as culturas.
De acordo com o pesquisador, a UR tem por objetivo reduzir o déficit de mão de obra especializada na aplicação de agroquímicos e, assim, elevar padrões de segurança das operações de pulverização realizadas no País. A entidade, diz Ramos, forma consultores aptos a orientar trabalhadores rurais em torno do uso correto e seguro de agroquímicos.
Uma entidade sem fins lucrativos, a UR está sediada na cidade paulista de Jundiaí e resulta de uma parceria entre o Centro de Engenharia e Automação do Instituto Agronômico (CEA/IAC) – órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de SP – e a iniciativa privada.
“A UR prepara técnicos agrícolas e engenheiros agrônomos tendo em vista a sustentabilidade do uso de agroquímicos ou defensivos agrícolas. Capacita esses profissionais, também, para transmitir conceitos-chave de tecnologia e segurança usando a linguagem simples do homem do campo”, reforça Ramos.
Segundo Ramos, números compilados pela UR apontam que entre 25 milhões e 30 milhões de pessoas trabalham no agronegócio nos dias de hoje. Destas, em torno de 4,5 milhões são analfabetas e 12 milhões exercem funções na condição de temporárias. Outro dado relevante indica que 85% dos trabalhadores do setor não possuem qualificação e desempenham suas atividades nas pequenas propriedades.
“Nas pequenas propriedades, sobretudo, predomina a desinformação que leva à carência de recursos de e ao uso seguro de agroquímicos. Nesses locais, em geral, contatamos baixos índices de utilização de equipamentos de proteção individual, por exemplo”, continua Ramos.
Ramos enfatiza ainda que o mau uso de agroquímicos ocasiona prejuízos anuais da ordem de R$ 2 bilhões ao agronegócio, somando-se desperdícios de ingredientes ativos às despesas advindas de acidentes e intoxicações.
Novos programas - Pouco menos de dois anos depois de aberta, a Unidade de Referência (UR) já realizou cinco programas de capacitação presenciais, voltados a produtores agrícolas e profissionais de médias e grandes empresas do agronegócio e da agroindústria.
No mês de junho deste ano, adianta ele, a entidade lançará novos programas de capacitação à distância (EAD), voltados a públicos diversificados e ampliará também a grade de treinamentos customizados para empresas.
Entre os dias 1º e 5 de abril e 13 e 17 de maio deste ano, a Unidade de Referência formará uma nova turma de consultores com ênfase na Norma Regulamentadora 31.8 (NR 31.8), focada na prevenção de acidentes com agroquímicos. Já de 19 a 23 de agosto e de 16 a 20 de setembro, também em duas etapas, será ministrado o curso Tecnologia de Aplicação.
Inscrições para ambos os treinamentos podem ser feitas no site www.unidadedereferencia.com.br, limitadas a 15 participantes por programa.
A UR fica nas dependências do CEA-IAC, na cidade de Jundiaí, a 50 km da capital paulista, com fácil o pelas rodovias Anhanguera e Bandeirantes e a 20 minutos do aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP).
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