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A União Europeia publicou hoje (22) a classificação de risco por país no âmbito do Regulamento para Produtos Livres de Desmatamento (EUDR). Conforme previsto, o Brasil, incluindo sua produção de café, foi enquadrado na categoria de risco médio.
A classificação define a frequência de auditorias que os operadores econômicos europeus devem realizar em suas cadeias de fornecimento. Para países de risco médio, como o Brasil, 3% dos volumes comercializados estarão sujeitos à verificação. Países classificados como de baixo risco terão apenas 1% dos volumes auditados, além de se beneficiarem de um processo simplificado de due diligence.
Apesar do Brasil ocupar posição superior em volume e rastreabilidade frente a produtores tradicionais de cafés especiais – como Vietnã, Quênia e Jamaica, que foram classificados como de baixo risco –, o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil) vê espaço para avanços.
Segundo a entidade, a classificação atual reflete a opção da União Europeia por análises nacionais, e não regionais, devido à complexidade técnica, restrições de tempo e falta de recursos. No entanto, há expectativa de que, futuramente, a UE adote uma abordagem regionalizada, o que permitirá ao Brasil apresentar dados técnicos por região produtora, fortalecendo a posição do café nacional.
O Cecafé reforça a importância de acelerar a implementação do georreferenciamento de alta resolução do parque cafeeiro e atender plenamente às exigências do EUDR, como a validação do Cadastro Ambiental Rural (CAR) e a integração com as notas fiscais eletrônicas. Essas ações são vistas como fundamentais para comprovar a conformidade do café brasileiro com os critérios de desmatamento zero, cuja data de corte é dezembro de 2020.
A entidade afirma que continuará atuando junto às autoridades europeias, fornecendo informações técnicas e promovendo a transparência da cadeia produtiva brasileira, com o objetivo de conquistar, no futuro, o reconhecimento de baixo risco ao desmatamento para os cafés do Brasil.
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