Política de Inovação vai promover desenvolvimento da cacauicultura brasileira
Objetivo é levar a inovação por meio da geração de tecnologias, produtos, processos e serviços em benefício do cacau
A próxima safra de laranjas deverá ter frutos maiores que os da anterior, com expectativa também de aumento da quantidade de laranjas nas árvores: serão 4,5% a mais de frutos colhidos, segundo a Pesquisa de Estimativa de Safra do Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus). Trata-se de um momento de recuperação para a citricultura paulista, após dois períodos de colheitas em queda. O coordenador da Comissão Especial de Citricultura, José Eduardo de Paula Alonso, está confiante. “O Estado de São Paulo segue como principal protagonista da citricultura nacional, superando obstáculos, com e da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (FAESP) no acompanhamento dos estoques e no avanço de soluções para o setor”, afirma. Lúdio Vidotti Vila Real, coordenador adjunto da Comissão, é assertivo quanto aos prognósticos. “Mesmo com essa recuperação, a previsão para o próximo ano é de estoques de agem abaixo dos níveis normais, indicando uma comercialização mais aquecida e bons preços”, aponta.
Frauzo Ruiz Sanches, membro integrante da Comissão, assinala que a melhora prevista para 2022/2023 é decorrente das chuvas ocorridas entre outubro do ano ado e maio deste ano e às temperaturas mais amenas na fase pós florescimento. As safras 2020/2021 e 2021/2022 sofreram as consequências de períodos de seca muito intensas e geadas. As oscilações térmicas e a falta de chuvas afetaram o processo de amadurecimento dos frutos, prejudicando também o nível de acidez do suco extraído das laranjas. “Em regiões onde a temperatura foi mais alta, houve muita perda na fase de floração e chumbinho (em que o fruto começa a se formar logo após a floração), quando o estresse hídrico é mais prejudicial ao desenvolvimento das frutas. Mesmo com irrigação, houve abortamento ou um número reduzido, causando a queda geral da produtividade”, aponta Sanches.
Apesar dos desafios que os produtores enfrentam, a citricultura paulista é sinônimo de produtividade de laranja, fruta mais importante nesse segmento de produção. Segundo dados do IBGE compilados pela FAESP, em 2020 o Estado de São Paulo foi responsável pela produção de 13,7 milhões de toneladas da fruta, sendo o município de Casa Branca o maior produtor do Brasil. Também foram colhidas 1,22 milhão de toneladas de limão e 390,39 mil toneladas de tangerina.
Os dados do Fundecitrus de previsão para 2022/2023 somam a produção paulista com a de alguns municípios mineiros, no chamado “cinturão citrícola de São Paulo e Triângulo/Sudoeste Mineiro”. A produção estimada para 2022/2023 representa um aumento de 20,5% em relação à safra anterior. O total de caixas colhidas deve chegar a 316,95 milhões. Apesar desse importante aumento, ainda é um resultado bem inferior a 2019/2020, que foi de 387 milhões de caixas. Sanches avalia que ainda é uma recuperação tímida, considerando os baixos números dos anos anteriores, mas representa a agem de duas bienalidades negativas consecutivas para uma positiva, o que traz otimismo ao setor.
Dentre as diferentes variedades de laranjas, as que se destacam pelo desempenho na produção são a Pera, Valência americana, Hamlin e Valência Folha Murcha – juntas elas representam 80%; limas ácidas, limões e tangerinas são outras frutas cítricas que completam a produção paulista. Além de Casa Branca, alguns dos municípios com melhor desempenho são Itápolis, Ibitinga, Avaré, Fernandópolis, Jales, Limeira, Santa Cruz e Mogi Guaçu.
Segundo os dados da FAESP, cerca de 80% da produção da citricultura é transformada em suco para exportação. O mercado interno também tem sua importância – nos dois últimos anos, as lavouras irrigadas tiveram participação importante no consumo paulista, uma vez que a queda na produção fez também cair a oferta das frutas no Estado, que mesmo assim não consegue absorver toda a produção.
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