PR Safra 2024/25: área plantada com cebola é reduzida

Deral destaca bom desenvolvimento do milho e avanço da colheita da mandioca; mercado da cebola sofre com preços baixos

05.06.2025 | 14:39 (UTC -3)
Revista Cultivar, a partir de informações do Deral

O Boletim Conjuntural divulgado nesta semana pelo Departamento de Economia Rural (Deral) trouxe um panorama atualizado das principais cadeias agropecuárias do Paraná, com destaque para o milho, mandioca, cebola e amendoim. A chegada das festas juninas reforça a importância do amendoim na cultura brasileira, e a safra 2024/25 promete ser histórica: a estimativa nacional é de 1,16 milhão de toneladas, a maior já registrada. 

O Paraná deve contribuir com 0,7% desse total, o que equivale a 7,9 mil toneladas. Embora modesto em comparação com estados como São Paulo — que responde por quase 80% da produção — o volume paranaense atende à demanda regional por produtos típicos desta época do ano, como paçoca e pé-de-moleque.

No campo, o milho segunda safra apresenta bom desempenho, mesmo com a ocorrência de geadas e baixas temperaturas. As chuvas recentes foram benéficas ao desenvolvimento da cultura e a colheita já alcança 3% dos 2,72 milhões de hectares cultivados. Quarenta por cento da área está em maturação, o que reduz os riscos climáticos nas próximas semanas. Segundo o Deral, 65% das lavouras estão em boas condições.

A colheita da mandioca também avança de forma acelerada, com 39% da área total colhida até agora. A produção estimada é de 4,2 milhões de toneladas — 16% a mais que no ano ado — graças ao aumento de 9% na área plantada e à melhora nas produtividades. Apesar da maior oferta ter pressionado os preços em maio, o valor médio de R$ 565,36 por tonelada segue acima do custo de produção e dos preços registrados no mesmo período de 2024.

Já para a cebola, o cenário é de retração. As estimativas para a safra 2025/26 no Paraná apontam queda de 13,5% na área plantada e de 15,1% na produção total, em comparação ao ciclo anterior. A decisão dos produtores de reduzir a área cultivada está diretamente ligada à forte desvalorização do produto. Em abril, o preço recebido foi de R$ 1,10 por quilo, valor 82,8% menor do que o praticado em maio de 2024. O movimento reflete a expectativa de que uma oferta menor possa ajudar na recuperação dos preços.

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