MS Safra 2024/25: plantio do milho 2ª safra é concluído
Segundo a Aprosoja/MS, condições das lavouras são relativamente boas
Apesar dos desafios climáticos enfrentados ao longo do ciclo, a segunda safra de milho no Paraná deve ser a maior da história do Estado. Segundo o boletim divulgado nesta semana pelo Departamento de Economia Rural (Deral), a área cultivada foi de 2,72 milhões de hectares, um crescimento de 7,4% em relação ao ciclo anterior.
A produção esperada é de 16,15 milhões de toneladas - volume ligeiramente inferior à projeção inicial, que era de 16,51 milhões, mas ainda assim robusto. A primeira safra, já colhida, contribuiu com cerca de 3 milhões de toneladas. Com isso, a produção total das duas safras deve ultraar as 18,1 milhões de toneladas colhidas na safra recorde de 2016/17.
Mesmo com adversidades climáticas durante o desenvolvimento da cultura, especialmente na segunda safra, o milho paranaense vem se consolidando como uma das principais culturas do Estado. A comercialização da safra 2024/25 deve movimentar mais de R$ 16 bilhões na economia estadual.
Entre as frutas, a banana e a laranja — que juntas representaram 65,6% da produção estadual em 2023 — apresentaram variações significativas. A Banana Nanica/Caturra teve alta de 22% no preço ao produtor em abril, cotada a R$ 33,70 por caixa de 22 kg, e valorização de 8,6% no varejo em relação a março. A laranja Pera de mesa, por sua vez, registrou queda de 6,5% no valor pago ao produtor em abril, mas apresentou alta de 4,9% no varejo, onde o quilo chegou a R$ 6,05.
No cenário dos grãos, o feijão preocupa. A estimativa da segunda safra no Paraná foi reduzida para 534 mil toneladas, frente ao potencial inicial de 604 mil toneladas. A queda é atribuída à combinação de clima seco e quente, além da incidência de pragas, como a mosca-branca. Com a colheita avançando e mais de 57% da área já colhida, os riscos de perdas se concentram em apenas 4% da área total. Apesar disso, o excesso de oferta vem pressionando os preços: o feijão preto acumula queda de 27% nos últimos 12 meses, e o feijão carioca, estabilidade no mês de maio, mas recuo de 15% em um ano.
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