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O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e representantes da iniciativa privada discutiram nesta quarta-feira (19), em Brasília, formas de agilizar e profissionalizar as negociações internacionais, no “1º Seminário sobre Missões Internacionais em Defesa Agropecuária”. O evento reuniu integrantes da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), de exportadores de carnes, entre outros.
Atualmente, o Ministério mantem 502 negociações voltadas à exportação de produtos de origem animal e vegetal, envolvendo 129 países e organizações internacionais. Em 2019, 26 missões internacionais, de 14 países, vieram ao Brasil. Para dar andamento a estes acordos comerciais anualmente o Mapa emite 7 mil documentos.
Segundo o secretário de comércio e relações internacionais do Mapa, embaixador Orlando Leite Ribeiro, não adianta as tratativas bilaterais correrem bem se a missão for um fracasso. "Todos os aspectos – culturais, de idioma, sanitários, comerciais – precisam ser atendidos”, destaca. O setor privado deve entender e conhecer os negociadores e técnicos que estão recebendo. “Não podemos impor nosso modelo de negócio, temos que ouvir o que os importadores querem”, alertou o embaixador.
O secretário de Defesa Agropecuária, José Guilherme Leal, frisou que não se ite falha nos pontos críticos e de atenção apontados pelos mercados tradicionais, pois os exportadores já conhecem as exigências. “Tais inconformidades comprometem o estabelecimento, muitas vezes, o setor produtivo e até o país”, completou ele.
O diretor do departamento de Temas Técnicos, Sanitários e Fitossanitários da Secretaria de Relações Internacionais, Leandro Feijó, explicou que o atendimento às missões a pela definição dos mercados prioritários, com estudo de todos os aspectos mercadológicos (cotas, tarifas, logística, biotecnologia entre outros), acompanhamento do calendário de feiras, termos de cooperação mantidos entre o Mapa e entidades, qualidade no preenchimento de questionários reados aos importadores e na aprovação dos estabelecimentos exportadores.
Como desafios à ampliação dos mercados externos, Feijó citou as barreiras de terceira geração que questionam os efeitos da produção agropecuária sobre as mudanças climáticas, segurança alimentar, diversidade biológica, bem-estar animal, povos tradicionais, biossegurança, entre outras. “Estas barreiras têm sido cada vez mais usadas pelos importadores e precisamos ter respostas para elas”, concluiu o diretor.
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