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Bactérias extraídas de porções de solo que estão em contato com as raízes têm ajudado a alguns grupos de plantas a desenvolverem mecanismos de tolerância à falta de água. Observando esse fenômeno natural, pesquisadores brasileiros descobriram que o uso de inoculação de bactérias promotoras de crescimento das plantas podem contribuir para ajudar as espécies a ar os efeitos do estresse climático – um problema cada vez mais presente na agricultura mundial.
Com base nessas pesquisas foi desenvolvida a T (Tecnologia do Consórcio Probiótico), que conseguiu incluir em um de seus microbiomas alguns filos de Actinobactérias e alguns gêneros de Bacillus específicos que promovem uma maior tolerância à seca. Quando em contato com as raízes que estão sob estresse abiótico, esses agentes biológicos desenvolvem um ambiente mais úmido e favorável ao seu desenvolvimento, evitando assim, a desidratação das raízes.
Estudo científico realizado em Maracaju, no estado de Mato Grosso do Sul, na safra 2021/2022 pela Fundação MS Integração fez uma comparação entre um microbioma projetado T versus um pool de soluções do mercado, visando produtividade. Ambos foram expostos à forte seca ocorrida na região.
O resultado foi um maior desenvolvimento do sistema radicular da planta com tratamento da T, tornando o vegetal mais eficiente na extração e uso da água do solo, resultando numa maior produtividade quando comparado com a testemunha e o pool de soluções do mercado.
“É o terceiro ano que fazemos estudos em Maracaju/MS com a T. Nos primeiros dois anos os resultados foram de 10 e 8 sacas de soja a mais por hectare. Com a seca dessa safra 2021/2022 continuamos mantendo uma maior produtividade por hectare” explica Ubirajara Fontoura, fundador da Embrapa no Mato grosso do Sul e da Fundação Chapadão/MS.
Um segundo resultado foi obtido em uma estação experimental localizada no pólo de desenvolvimento tecnológico Biopark, na cidade de Toledo, estado do Paraná, onde o stress hídrico fez agricultores da região colherem apenas 16 sacas de soja por hectare na safra 21/22. Nesse caso, o incremento de produtividade com o uso da T ajudou a proporcionar uma colheita de 40 sacas por hectare.
“Fizemos um trabalho em conjunto com a Smart Farm, ajudando no desempenho da cultura da soja com a nossa tecnologia. Aconteceu da seca rigorosa na região, mas ainda assim o resultado final deixou todos muito contentes”, completa Altamiro Alvernaz, um dos desenvolvedores da T.
“A associação dessa nova bactéria ao microbioma T será um bônus, mais uma funcionalidade aos produtos com a tecnologia T para a agricultura”, finaliza Alvernaz.
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